quarta-feira, 11 de maio de 2016

Como cuidar do coto umbilical

- Não se preocupe que o coto umbilical não dói!

- Limpar o coto após o banho e a cada troca de fralda se ele estiver com urina ou fezes.

- Utilizar na limpeza gaze ou hastes flexíveis com ponta de algodão embebidas em álcool a 70%.

- Limpar inicialmente a base e depois todo o coto, fazendo movimentos circulares.

- Deixar secar.

- Com o passar do tempo, o coto vai endurecer e cair.

- Não utilizar faixas, curativos oclusivos nem nenhum outro tipo de produto para cobrir o coto.

- Sinais de alerta de que algo não vai bem com o coto umbilical:
            -    Vermelhidão da pele em redor do coto.
            -    Presença de secreção com mau cheiro ou pus em redor do coto.

Doença Celíaca - o que é importante saber?

A Doença Celíaca acontece quando uma criança, que tem predisposição genética, entra em contato e não tolera o glúten da dieta. O glúten é uma proteína que está contida no Trigo, Aveia, Centeio e Cevada.

O que é importante saber?

Só tem doença celíaca quem tem predisposição genética. Por isso é comum que uma mesma família tenha vários membros, de diferentes gerações, comprometidos.

Na doença celíaca há achatamento da vilosidade intestinal, com prejuízo da absorção dos nutrientes. É como se o intestino ficasse inflamado, o que prejudica seu funcionamento normal.
 
A Doença Celíaca não tem cura. Entretanto, é possível ter vida normal se os alimentos que contém glúten não forem ingeridos

A Doença Celíaca, na sua forma mais clássica, começa na infância e tem como sintomas diarréia e desnutrição, entretanto, formas não tão clássicas podem acontecer com apresentação clínica diferente.

Por exemplo:

              -  Crianças – comprometimento do crescimento (altura), anemia, hipoproteinemia* e irritabilidade.

              -  Adultos – osteoporose, constipação e esterilidade ( dificuldade em ter filhos )


 O tratamento da doença celíaca é a total exclusão do glúten da alimentação durante toda a vida.
 Deve-se evitar alimentos que contenham trigo, aveia, centeio e cevada.

 Para fazer o diagnóstico de doença celíaca é necessária a avaliação médica cuidadosa, exames complementares como de sangue (anticorpos contra doença celíaca) e endoscopia digestiva com biópsias de intestino.
 
 Para verificar os alimentos proibidos e permitidos, acesse o site www.acelbra.org.br
   
 * hipoproteinemia - redução da quantidade de proteína circulante no sangue que pode levar a inchaço no corpo.
  


Saiba como agir em caso de engasgo de crianças


Quando trocar o berço pela cama?

Assim que um bebê nasce a mamãe não quer mais se separar dele, nem mesmo para colocá-lo em um quarto diferente do dela para dormir, mas, isso não é de se espantar, afinal de contas foram 9 meses de gestação, andando pra cima e pra baixo juntinho com ele, criando um vínculo imenso.

Mais tarde o inevitável acontece, a saída da criança do berço para sua própria cama. Essa transição é um momento importante na vida dos pais e da própria criança, pois, marca o início de uma nova fase do crescimento. Por isso, é importante que a transição seja feita cuidadosamente, evitando frustrações e stress para todos.

Mas quando saber qual o momento certo?

Não existem regras para a essa mudança, mas, a maioria acontece entre 1 ano e meio a 3 anos. Quando a criança fica em pé no berço e tenta escalar a grade para sair esta é a hora de preparar a transição para a cama, até mesmo por questão de segurança, mesmo que ela ainda não consiga pular do berço.

Próximo aos dois anos de idade é comum que os bebês já mostrem interesse em ficar deitados na sua cama, brincando ou até mesmo para assistir televisão, o que pode ser uma boa oportunidade para conversar sobre o assunto com ele. Assim como outras mudanças na vida da criança, essa deve ser conversada e explicada e não simplesmente mudar sem falar nada. A criança deve ser ouvida, mas, a decisão final, como sempre, deve ser dos pais.

É muito importante não começar a fazer essa transição por causa de um novo irmãozinho. Para a criança, o berço não é apenas mais um móvel da casa e sim seu “ninho” que representa conforto e segurança, então, sua nova cama deverá ser vista da mesma forma. Se possível, coloque uma almofada, travesseiro ou manta que veio do berço, para ela ficar mais familiar e a criança não estranhar tanto. Quanto mais a criança participar da organização do novo cantinho, mais feliz e segura ela vai se sentir com a mudança.

Faça desta transição uma grande festa para ser comemorada. Você pode levar o pequeno para escolher lençóis novos, ou incentivá-lo a contar para todo mundo que tem uma cama nova, de "menino ou menina grande!". Uma ótima idéia é planejar um dia especial, com um passeio ou até mesmo uma festinha junto com os primos e avós. Se o berço tiver que sair do quarto, planeje um passeio diferente enquanto outra pessoa faz a mudança.
Caso você já tenha uma cama de solteiro em casa que queira aproveitá-la e for muito alta, você pode colocar grades (existem grades facilmente acopláveis, presas sob o colchão) e deixar almofadas ou um edredom no chão, ou então colocar o colchão no chão mesmo, por algum tempo. Talvez os pais fiquem muito nervosos e ansiosos com essa mudança, porém, pode ser mais fácil do que pareça.

Algumas vezes a adaptação é tão tranquila  que se a mamãe não avisar a criança que ela pode sair da cama sozinha é provável que ela ainda chame você quando acordar, em vez de simplesmente levantar. A cama representa liberdade e só com o passar do tempo que a criança começa perceber isso.

Como ainda a criança não se acostumou com o novo espaço ela pode cair da cama algumas vezes e até mesmo fugir e quando isso acontecer, os pais terá que ter bastante paciência para levá-la de volta várias e várias vezes, até seu filho perceber que não adianta se levantar na hora de dormir, porque hora de dormir é hora de dormir e neste momento não há negociação.

É importante lembrar que cada criança tem seu tempo, cada família tem seu ritmo, então, o que acontece em uma família não é regra para todos, mas, no final os objetivos são alcançados.

Vídeo - Desengasgamento de Bebês


Acidentes por Submersão (afogamentos)

Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP

O acidente por submersão, conhecido como afogamentos, dentre as causas externas é um dos principais responsáveis por óbitos em menores que quatro anos de idade no país.

Nesta faixa etária a maioria dos acidentes ocorre no domicílio, e na medida em que a criança cresce o local de ocorrência passa a ser fora do domicílio.
Ao contrário do que se imagina, o acidente ocorre de forma silenciosa. A cena da vítima debatendo-se na água e gritando por socorro é pouco descrita por testemunhas de afogamentos.

Deve ser lembrado que além do fato da morte, grande parte dos sobreviventes apresenta seqüelas neurológicas graves e irreversíveis, fazendo com que a prevenção seja a melhor estratégia na abordagem do acidente por submersão.

Recomendações em relação à criança e ao adolescente:

Crianças menores que 4 anos de idade devem ser afastadas de qualquer reservatório de líquidos (baldes, banheiras, vaso sanitário, tanques e piscinas) que deverão ser esvaziados após uso.

Nesta mesma faixa etária, aulas de natação não são a prova de submersão e nunca deverão permanecer sozinhas na banheira. A criança maior deve aprender a nadar e conhecer regras de segurança de piscinas, assim como, de parques e esportes aquáticos.

Sempre deverão ser educados a evitar brincadeiras agressivas à beira de piscinas, lagos e rios.

Nunca ingerirem álcool e/ou drogas.

Devem ler e respeitar avisos de segurança em locais públicos como praias. Nunca desafiar seus próprios limites.

Recomendações em relação ao local do evento:

Em praias procurar locais onde haja salva-vidas, e não mergulhar em águas turvas; procurar nadar longe de cais, embarcações, rochas e correntezas.

Em lagoas e represas geralmente se desconhece sua profundidade e eventuais buracos.

Piscinas e similares devem ser adequadamente cercadas (1,5m de altura e espaço entre grades menor ou igual a 12 cm) e de preferência com portão e tranca. A presença de brinquedos dentro da piscina é atrativa que deve ser evitado. Lembrar ao construir sua piscina residencial que o objetivo é de lazer, não justificando grandes profundidades.
Todo construtor com responsabilidade conhece e tem normas técnicas de segurança a cumprir.

Regras gerais:

No banho de seu bebê tenha tudo em mãos (toalha, sabonete, roupa) para não se ausentar do local.

Em passeios de barcos e afins use sempre o colete salva vidas que é mais seguro que flutuadores (bóias de braço, câmara de pneu,prancha).Procure esvaziar todos os reservatórios líquidos (baldes,piscinas de lona) ou tampá-los, crianças pequenas podem se afogar em camadas líquidas de 5 cm.

A presença de um adulto responsável sempre será fundamental.

Embora não se comprove a eficácia das lições de natação em prevenir afogamentos, todo esporte é saudável e deve ser incentivado.

Andador : perigoso e desnecessário

Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria


Desde 2007, é proibido vender, importar, e mesmo fazer propaganda de andador para bebês no Canadá. Apesar de ainda muito popular no Brasil, para bebês de 6 a 15 meses, o andador não é recomendado pelos pediatras. Os pais alegam alguns motivos para colocar o bebê no andador. Dizem que ele dá mais segurança às crianças (evitando quedas), mais independência (pela maior mobilidade), promove o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da marcha), o exercício físico (também pela maior mobilidade), deixam os bebês extremamente faceiros e, sobretudo, mais fáceis de cuidar.

A literatura científica tem colocado por terra todas estas teses. A ideia de que o andador é seguro é a mais errada delas. A pesquisadora sueca, Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos, que considerou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equipamentos de playground.

A cada ano são realizados cerca de dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com o andador. Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização.

Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de escadas.

É verdade que o andador confere independência à criança. Contudo, um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção.

O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.
O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.
Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso de um bebê valem qualquer risco. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar histórias ou jogar uma bola.
Dizer que o andador torna a criança mais fácil de cuidar revela preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos do que num andador. Cercá-lo de um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador definitivamente não se enquadra neste esquema.
Existe um movimento muito intenso na Europa e nos Estados Unidos visando a implantar uma lei semelhante à canadense, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na prevenção dos traumatismos por andadores.
Enquanto este progresso não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais, no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente desnecessário.


Alimentos que provocam engasgos e riscos de asfixia em crianças

Engasgo que pode levar à asfixia é um importante problema de saúde pública que preocupa a maioria dos pais. Riscos de asfixia são principalmente associados a alimentos (cerca de 60% dos casos), moedas e brinquedos.

Crianças menores de 3 anos merecem atenção especial quanto aos alimentos a que são expostas, uma vez que essa é a faixa etária com maior probabilidade de engasgo.

Por que crianças pequenas estão mais suscetíveis a engasgos?

As crianças são dotadas de reflexos naturais involuntários que as protegem contra a aspiração de alimentos durante a deglutição. Tosse, fechamento da glote e reflexo de vômito são exemplos dessa defesa natural.

Por volta dos 6 meses de idade os primeiros dentes, os incisivos, começam a aparecer e até cerca de 18 meses os primeiros molares, responsáveis pela mastigação e moagem dos alimentos, já nasceram.
Apesar de todo preparo natural as crianças são mais suscetíveis a engasgos do que os adultos porque há algumas limitações que as tornam mais vulneráveis. A força do ar gerado pela tosse de uma criança é menor do que a força exercida por um adulto, fazendo com que esse reflexo seja menos eficaz para desalojar uma obstrução parcial das vias aéreas. Outro aspecto diz respeito à maturidade do processo de mastigação e deglutição: embora os dentes já estejam presentes, as habilidades mastigatórias maduras levam mais tempo para estarem plenamente desenvolvidas.

Se somarmos esses aspectos ao reduzido diâmetro das vias aéreas superiores dos pequenos, entendemos melhor porque as crianças tem risco aumentado para engasgos e asfixia.

Fatores comportamentais também podem aumentar o risco. Altos níveis de atividade durante o ato de comer como caminhar ou correr, conversar, rir ou comer rapidamente e ainda brincar de jogar uma comida no ar e pegá-la com a boca ou encher muito a boca com alimentos aumentam as possibilidade de obstrução das vias aéreas.

Quais alimentos são mais perigosos?

Alimentos com formatos ovalados, arredondados ou cilíndricos são os campeões para o risco de asfixia por apresentarem o mesmo diâmetro das vias aéreas superiores de uma criança.
Alimentos duros que exigem maior trituração e moagem também são mais perigosos devido a pouca capacidade de mastigação plena dos pequenos. Alimentos pastosos e pegajosos, com capacidade de “colarem” nas paredes da garganta também podem obstruir as vias aéreas e reduzir a passagem de ar.

Dessa forma, os adultos devem ter muito cuidado ao oferecer alimentos que se encaixam nessas categorias:

- Salsichas e linguiças;
- Amendoins, sementes, nozes e outras castanhas;
- Pipoca, principalmente as mal estouradas;
- Quantidade grande de pasta de amendoim, cream cheese;
- Balas e chicletes;
- Pedaços grandes de carnes e queijos duros;
- Marshmallows,;
- Salgadinhos (principalmente duros como a batata-frita e similares).

E especialmente para os menores de 2 anos, além dos alimentos acima, atenção especial aos abaixo listados:

- Uvas inteiras, uvas passas;
- Casca de fruta e frutas duras cruas (como a maçã e a pêra verde);
- Vegetais duros crus e verduras cruas;
- Alimentos em forma de cordão (exemplo: broto de feijão, espaguete, verduras cortadas em tiras como repolho ou couve).

                Como dentre os perigosos há alimentos nutritivos e recomendados para a faixa etária basta um cuidado especial na forma de apresentação para que não haja risco de engasgo. Uvas cortadas na longitudinal (no sentido do comprimento), vegetais duros, como cenouras, cortadas em palitos (no formato de batata frita) e picar bem alimentos na forma de cordão são alternativas para que não haja exclusão de alimentos nutritivos, mas sem surpresas durante a refeição.  

           

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
American Academy of Pediatrics. “Policy statement–prevention of choking among children.” Pediatrics 125.3 (2010): 601-607.
Harris CS, Baker SP, Smith GA, Harris RM. Childhood asphyxiation by food: a national analysis and overview. JAMA. 1984; 251(17): 2231–2235
Qureshi S, Mink R. Aspiration of fruit gel snacks. Pediatrics. 2003; 111(3):687– 689
Rimell FL, Thome A Jr, Stool S, et al. Characteristics of objects that cause choking in children. JAMA. 1995; 274(22):1763–1766.


Reflexo Vermelho - Teste do Olhinho


  A cegueira  infantil é a segunda causa mais importante de perda de visão. A sua importância  é maior se levarmos em conta o índice anos/cegueira (número de cegos x  expectativa de vida). Há uma estimativa de que haja no mundo cerca de 1.5  milhão de crianças cegas. A preocupação com a cegueira infantil, assim deve  mobilizar a todos, em especial, o pediatra por  estar envolvido nas estratégias que possam modificar esse panorama.  Em vários países do mundo a preocupação com a cegueira  infantil fez com que a detecção da catarata congênita ocupe um lugar de  destaque entre causas de baixa e perda de visão  infantil de causa evitável

Reflexo  vermelho:

   O “reflexo do olhinho” é, na  realidade, o reflexo vermelho (ou teste do reflexo de Bruckner), que vem sendo  assim chamado para fazer uma analogia com o “teste do pezinho” e o “teste da  orelhinha”.Todos com lógica semelhante – rastreamento da patologia, antes que  apresente clínica, com a finalidade de permitir uma intervenção oportuna evitando  ou minimizando os efeitos da evolução natural do agravo.
Como recomenda a Academia Americana  de Pediatria em sua publicação de 2002, e atualizada em 20081, não é  apenas o reflexo vermelho que deve ser realizado. Todo pediatra deve fazer a  avaliação da criança do nascimento até os três anos com exame oftalmológico:  história ocular, avaliação visual, inspeção externa do olho e pálpebra,  avaliação da motilidade ocular, exame da pupila e reflexo vermelho. No Brasil a recomendação  também é esta – é fundamental que o pediatra seja orientado a incorporar o  exame oftalmológico ao seu exame de rotina do recém-nascido, que  “olhe o olho” como avalia deformidades físicas, descreve lesões de pele ou  realiza a manobra de  Ortolani.

Definição/ técnica:

O reflexo vermelho é o exame de  rastreamento (screening) para anormalidades oculares , desde a córnea  até o segmento posterior. Qualquer opacidade dos meios transparentes poderá ser  detectada por esse exame.. Deve ser feito em sala escurecida com oftalmoscópio  ou retinoscópio seguro próximo ao olho do examinador e aproximadamente a um  braço de distância do olho da criança. É considerado normal quando os dois  olhos apresentam um reflexo vermelho brilhante. Pontos pretos, assimetria ou a  presença de reflexo branco (leucocoria) demandam uma avaliação mais cuidadosa –  realizada pelo oftalmologista.
Importância
  Catarata é qualquer opacificação do  cristalino e pode afetar significativamente a função visual. O termo catarata  congênita refere-se a opacidades presentes ao nascimento. Contudo, a  opacificação pode surgir durante o primeiro ano de vida. Cerca de 25% das  cataratas infantis são hereditárias, especialmente as bilaterais. Assim sendo,  ao examinar uma criança com catarata devemos, também, investigar os familiares.
A forma mais freqüente de herança é a autossômica dominante, com expressividade  variável, mas em geral com penetrância completa. Outras causas possíveis de  catarata infantil são as doenças metabólicas (galactosemia, por exemplo),  infecções congênitas (rubéola), mal formação ocular, síndromes genéticas,  medicamentos, radiação e idiopáticas.
Além da importância para garantir um bom desenvolvimento e para o  diagnóstico de catarata congênita, o reflexo vermelho também permite rastrear  doenças oculares graves, como o retinoblastoma, glaucoma congênito, entre  outras.

Implantação da rotina de exame

A avaliação do reflexo vermelho é uma recomendação da  Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia  Pediátrica ,  uma política de saúde da  Academia Americana de Pediatria, em conjunto com a Academia Americana de  Oftalmologia e Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo e  lei municipal em várias cidades do Brasil.

Outras estratégias em prevenção de  cegueira

A Sociedade  Brasileira de Pediatria (SBP) e suas filiadas vêm se debruçando sobre as  questões da cegueira infantil. Além do reflexo vermelho há um grupo de trabalho  com participação da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica e SBP, se dedicando à  prevenção da cegueira por retinopatia da prematuridade.
Um passeio pelos sites evidencia inúmeras estratégias para informar e  alertar o pediatra sobre a importância do exame ocular, incluindo o reflexo  vermelho, como parte do exame físico de rotina da criança.
O pediatra, que tem como objetivo principal  garantir o crescimento e o desenvolvimento de uma criança, não pode deixar de  se preocupar com a visão.  Como em todos os  itens de exame físico completo: aferição da pressão arterial, realização de  todos os reflexos tendinosos, exame neurológico detalhado (marcha, equilibrio  etc) não há uma orientação "formal" de quando um exame  "completo" deve ser realizado.
O mesmo ocorre com o reflexo vermelho  - a literatura não recomenda uma periodicidade específica, apenas faz  referência que o exame do olho (não apenas o reflexo vermelho) - como  mobilidade, pupilas etc - faz parte do exame físico.

O Grupo de Trabalho de  Prevenção da Cegueira da SBP – composto por  pediatras e oftalmologistas, sugere o seguinte:

  1. Antes da alta  da maternidade.  2. Na primeira  consulta de puericultura (há ocasiões em que o pediatra que fez a sala de parto  não será o pediatra que fará a puericultura).  2. Dois meses de  vida (até os três meses é o melhor período para a cirurgia de catarata).  3. Com 6,9 e 12  meses de vida.  4. Após 1 ano:  duas vezes por ano.   5. Não perder  oportunidades: caso atenda alguma criança que não acompanha rotineiramente -  fazer o exame - pode ser determinante para o prognóstico.

Nicole Oliveira Mota Gianini

Brincadeiras que estimulam o desenvolvimento do seu bebê

Brincar é tão essencial na vida de uma crianças que na Declaração Universal dos Direitos da Criança já diz desde 1959 que toda criança tem o direito de brincar.

Existe brincadeiras para cada fase ou idade da criança. Brincar tem três grandes objetivos: o prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. Brincando, a criança faz grandes descobertas.

Como estimular com brincadeiras o desenvolvimento em bebês com:

1 mês:

- Cante para o bebê, ele também começará a ficar mais vocal.
- Mude a posição do móbile de vez em quando ou mude a posição do bebê para dar uma visão diferente.
- Balançar chocalhos para o bebê associar o som ao movimento.

2 meses:

- Desde o começo, o seu bebê vai ouvir e responder a sua voz. Use essa conexão para falar coisas sobre o móbile, suas cores, o movimento, os personagens que ficam pendurados.
- Colocar diferentes sons para que ele procure onde está.
- Mostrar brinquedos coloridos para que o bebê acompanhe com os olhos.

3 meses:

- Coloque a mão ou o pé do bebê ao alcance de brinquedos que fazem som, ele irá tocar e verá uma resposta do brinquedo, ativando seu senso de ação e reação.
- Oferecer brinquedos nas mãos do bebê para ele chacoalhar.
- Dançar e movimentar com o bebê para adquirir equilíbrio.

4 meses:

-Coloque o chocalho na mão do bebê e chacoalhe suavemente.
- Oferecer mordedores e brinquedos para que o bebê leve até a boca.
- Ajude o bebê a exercitar a coordenação ao segurar brinquedos na frente dele, chacoalhar e deixa-lo pegar. Coloque o chocalho nas mãos do bebê, chacoalhe e diga ''Ouviu esse som? Você que fez!'' Elogiar faz o bebê tentar de novo

5 meses:

- Oferecer brinquedos para que o bebê possa esticar as mãozinhas e pegar.
- Colocar o bebê em frente ao espelho, ele sorri com seu próprio reflexo.
- Bata palmas com o bebê.
- O bebê se diverte quando liga luzes e som de um brinquedo.

6 meses:

- Ele gosta de brincadeiras simples como, “achou!”
- Estimular o bebê a colocar os pés na boca.
- Seu brinquedo favorito são as mãos e acompanha com os olhos seu movimento.
- Esconder o brinquedo fora do alcance do bebê e estimular ele a procurar ou tentar alcançar o brinquedo.

7 meses:

- Adora batucar e fazer barulho com panelas e colheres de pau.
- Gosta de se arrastar com a barriga.
- Adora tocar em seus brinquedos.
- Imite para ele sons de diferentes tipos de animais

8 meses:

- Deixar uma caixa de brinquedos bem grande e cheia para que ele escolha o que quiser.
- Dar ao bebê alguns brinquedos que façam barulho, como tambores, chocalhos e guizos.
- Explore todas as funções de um brinquedo junto com o bebê, mostre para o ele como apertar as teclas e virar páginas.

9 meses:

- Use os brinquedos para apresentar ao seu bebê as cores.
- Brinque de bola com ele.
- Oferecer ao bebê objetos de texturas diferentes para que ele toque como espuma, madeira, toalha, metal, borracha etc.

10 meses:

- Estimule o bebê a levantar e ficar em pé colocando um brinquedo no topo e dizendo: “O que será que acontece se apertarmos este botão aqui em cima”.
- Gosta de brincar de andar segurando a mão de um adulto.
- Brinca de “achou!”
- Pedir para ele pegar um brinquedo e trazer até você.

11 meses:

- Brincar com cubos grandes e pequenos para que ele possa encaixar.
- Na hora do banho colocar brinquedos na banheira para que ele brinque.
- Espalhe brinquedos no chão colocando um pequeno e um grande. Fale sobre o tamanho: “Esse é pequeno, esse é grande.”
- Contar diferentes tipos de histórias para ampliar o vocabulário.

12 meses:

- Faça um som com um brinquedo e peça para a criança imitar você. Ou siga o que a criança fizer.
- Colocar brinquedos dentro de um pote grande para ele tentar abrir e pegar os brinquedos que estão dentro.
- Mostrar livros e revistas para o bebê identificar objetos, animais e partes do corpo.
- Deixe o bebê brincar com o brinquedo de forma independente. Esteja lá para ajudar caso ele precise de você e ofereça motivação: "Você consegue, vamos lá!"

O Teste da Orelhinha

Também chamado de “Triagem auditiva neonatal”, deve ser realizado entre o segundo e terceiro dias de vida e no máximo com até 30 dias de vida. Trata-se de um exame bem simples. É colocado um pequeno fone na orelha do bebê ligado a um aparelho que emite sons de baixa intensidade e capta as repercussões desses ruídos na orelha da criança. Deve ser realizado com a criança dormindo e demora uns 10 minutos.

 Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito no Brasil. Todos os bebês devem fazer esse teste, pois se tiverem alguma alteração nesse exame serão avaliados, antes dos 3 meses de vida, pelo otorrinolaringologista e fonoaudiólogo para confirmar se possuem realmente algum problema na audição para que o tratamento seja o mais precoce possível.