terça-feira, 19 de abril de 2016

Influenza ( Gripe )

Os Vírus Influenza são subdivididos em tipos A, B e C. Por um fenômeno de mutação chamado "drift", podem provocar surgimento de novas cepas virais, que justifica escapar da imunidade desenvolvida por infecção ou vacinação prévia.

História ( 4 grandes Pandemias ):

1918 ( "Gripe Espanhola" ): 50% população mundial infectada com 30 milhões de óbitos.

1957/58 ( "Gripe Asiática" ) : 1 milhão de óbitos no mundo, causada pelo vírus A H2N2

1967/68 ( "Gripe de Hong-Kong" ) : 1 milhão de óbitos no mundo, causada pelo vírus A H3N2

E em 11 de Junho de 2009 ( "Gripe Suína"), causada pelo  vírus A H1N1 ( resultado da recombinação genética do vírus suíno, aviário e humano ). Depois da pandemia, o vírus influenza continuou a circular no mundo, com diferente intensidade em vários países e passou a ser considerado como mais um vírus de circulação sazonal ( no Brasil, outono e inverno ).

Transmissão: o vírus é altamente contagioso, transmitido de pessoa a pessoa por meio de gotícula ou contato direto com objetos contaminados recentemente por secreções nasofaríngeas. O paciente é mais infectante durante 24h antes dos sintomas até 3 dias do início dos sintomas, terminando geralmente no sétimo dia.

Período de incubação: varia de 1 a 4 dias.

Sintomas: muito variável ( desde a forma sem sintomas até a forma mais grave com sepse e disfunção de múltiplos órgãos )
Entretanto, a maioria apresenta: febre, tosse, coriza, congestão nasal, espirros, dor de cabeça, calafrios, dores no corpo, dor de garganta, cansaço e falta de apetite. Pode ocorrer também vômitos, dor abdominal e diarréia.

A infecção é mais grave em menores de 2 anos, gestantes, maiores de 65 anos, portadores de pneumopatias crônicas, cardiopatias, hepatopatas, doenças hematológicas e neurológicas, em imunodeprimidos, e obesos mórbidos.

A influenza predispõe a complicações como otites, sinusites e pneumonias.

As complicações neurológicas são raras, e incluem convulsões febris, encefalites, síndrome de Guillain-Barré.

Diagnóstico: pode ser feito por cultura viral, testes sorológicos, detecção de antígenos virais ( testes rápidos em secreção de orofaringe  ) e por PCR.

Tratamento: pode ser feito por indicação médica através de agentes antivirais. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda e distribui o Oseltamivir ( Tamiflu ). Deve ser prescrito preferencialmente nas primeiras 48 horas de sintomas.

Vacinas:

Todos com idade acima de 6 meses de vida devem tomar a vacina.
Contra-indicação: reação alérgica grave ao ovo ( anafilaxia )

Tipos:

Trivalente ( distribuídas na rede pública apenas para grupos de risco ): contém 2 tipos de vírus A ( H1N1 e H3N2 ), e 1 tipo de vírus B.

Tetravalente  ou Quadrivalente ( comercializada na rede privada ): contém 2 tipos de vírus A ( H1N1 e H3N2 ), e 2 tipos do vírus B.

Toda criança menor de nove anos que receberá a vacina de Gripe pela primeira vez, deverá tomar 2 doses, com intervalo mínimo de 1 mês.

Fonte: Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Dúvidas sobre o vírus H1N1


Gripe H1N1


Fonte: drauziovarella.com.br
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo do influenzavírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.
Segundo a OMS e o CDC (Center for Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).
Sintomas 
Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia.
Diagnóstico
Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado pode demorar mais tempo. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.
Vacina
A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode trazer na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves.
Existem duas vacinas que protegem contra a infecção pelo H1N1: a trivalente,  que imuniza contra dois vírus da influenza A e contra uma cepa do vírus da influenza B,  e a vacina tetravalente (ou quadrivalente) que, além desses vírus imuniza contra uma segunda cepa do vírus da influeza B, menos frequente no Brasil e que só deve ser usada a partir dos três anos de idade.
Os dois tipos de vacina são eficazes, mas levam de duas a três semanas para fazer efeito. Embora não ofereçam 100% de proteção, estão perto disso.
Idosos acima de 60 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, asma, bronquite, insuficiência renal, obesidade grau 3, por exemplo), imunossuprimidos e transplantados,  crianças entre seis meses e cinco anos, profissionais da saúde, população indígena, presidiários constituem o grupo prioritário para vacinação.
A vacina é contraindicada para as pessoas com alergia grave a ovo, pois pode conter ovoalbumina, uma proteína do ovo responsável por reações alérgicas. Isso acontece porque existe uma etapa, durante o processo de produção da vacina, que os vírus crescem em ovos de galinha.
Tratamento
É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos. Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.
Recomendações
Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC) recomenda:
* Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
* Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
* Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
* Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
* Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
* Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
* Procurar assistência médica, se o doente pertence a um grupo de risco e se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus H1N1 da influenza tipo A. Nos outros casos, permanecer em repouso e tomar bastante líquido para garantir a boa hidratação.