sábado, 26 de março de 2016

Entrevista com o Pediatra Roberto Cooper


Qual a melhor panela para sua saúde? - Camila Gomes Victorino

Quando cozinhamos nem sempre pensamos na procedência do alimento: se é transgênico, se é orgânico, se passou por um sistema social de produção justa, enfim. Toda esta reflexão é importante e devemos sempre tentar fazer um exercício mental para que na hora de comprar os alimentos, nos lembremos de escolher os mais éticos e aqueles que fazem mais bem à saúde. Além disso, no entanto, existe um tipo de reflexão que passa totalmente despercebida: a panela! 
É na panela que colocamos os alimentos e os cozinhamos, fazendo com que passem por altas temperaturas; essas altas temperaturas fazem com que as substâncias que compõem a panela também interajam com o alimento, as quais podem tanto ser benéficas, como maléficas.
É assim que em alguns países as panelas de alumínio são proibidas, pois o alumínio, ao se soltar no alimento, poderia levar ao mal de Alzheimer e outros problemas de saúde. É fato que não se sabe ainda o real motivo que encabeça esta patologia, mas estudos mostram que pode existir uma ligação entre o metal e a doença, além das muitas outras doenças ligadas a este, como o câncer de mama (veja artigo sobre desodorante e alumínio no blog).

As panelas de alumínio soltam o metal nos alimentos e
por isso não são indicadas. Fonte Longidade
No Brasil, as panelas de alumínio são as mais baratas e comumente as únicas a serem encontradas nos supermercados, mas existem alternativas de aço inox mais ou menos acessíveis e outras alternativas como panelas de vidro, pedra sabão, cobre ou barro, que podem ser encontradas na internet ou em feiras de artesanato.
Elas são mais caras e muitas vezes, parece impossível conseguir comprar panelas deste tipo, mas eu imagino que às vezes compense mais ter apenas duas panelas que não liberem substâncias tóxicas em nosso alimento, e que, às vezes, até liberam nutrientes, do que possuir um conjunto completo de panelas de alumínio, muito bonitas, muito práticas, porém nocivas a nossa saúde, tendo ligação com o Mal de Alzheimer (Mil & Benga, 2006; Tomijenovic, 2011).
Abaixo seguem os principais tipos de panela e seus benefícios ou malefícios. Vale lembrar que materiais de alumínio sempre podem aumentar o risco de doenças futuras e, portanto, é aconselhável ir trocando aos poucos os talheres e outras louças, por alternativas, como vidro, porcelana, bambu, inox.

PANELAS A EVITAR

Evite as panelas de alumínio. Fonte: SaudeAlternativa
Panela de alumínio
As panelas de alumínio são as mais comuns no Brasil e as mais baratas. Todos nós, querendo ou não, já comemos alimentos preparados nestas panelas, porém apesar de serem comuns e de uso geral, as panelas de alumínio liberam o metal nos alimentos. É interessante notar que nem toda panela de alumínio é igual: dependendo da qualidade da liga utilizada na panela, mais alumínio pode ser liberado na comida, sendo assim desconfie de panelas e utensílios muito baratos. Além disso, o tipo de alimento cozinhado influencia na liberação da substância: café e tomate, por exemplo, facilitam a liberação. Por fim, vale lembrar que não são somente as panelas que liberam o químico; latinhas de refrigerante e sucos contêm grande quantidade da substância, podendo levar a problemas de saúde.

Dica para quem ainda usa: se você ainda não tem condições de trocar suas panelas de alumínio, evite colocar o sal na panela no início do cozimento, pois o contato do sal com o metal, faz liberar ainda mais alumínio.

Panelas de cobre podem causar
intoxicação.  Fonte: CrisaDonadeCasa
Panela de cobre
As panelas de cobre eram muito usadas no passado, porém, atualmente, não são recomendadas, pois dependendo do tipo de alimento elas podem soltar cobre e o excesso de sua ingestão pode causar intoxicação, levando a náuseas, dores abdominais e problemas gastrointestinais, além de poder levar a problemas no fígado e rins à longo prazo. Evidentemente que a panela de cobre não é venenosa, mas o principal problema está no cozimento de alimentos ácidos, como tomate, vinagre, limão, entre outros.Em geral, estas panelas são vendidas com revestimento de alumínio, o que evita a contaminação por cobre, mas aumenta a proporção de alumínio no alimento. Melhor evitar.

Panelas antiaderentes soltam produtos
tóxicos no alimento. Evite-as.
Fonte: FolhadoPará
Panelas antiaderentes
As panelas anti-aderentes contêm plásticos em sua composição, os quais são o ácido perfluorooctanóico (PFOA) e o polietrafluoretileno (PTFE). Eles são compostos tóxicos e que se soltam facilmente da panela, principalmente quando ela está velha ou se submetidas a altas temperaturas. Deve-se lembrar que panelas riscadas deste tipo já estão liberando as substâncias e ambas foram consideradas danosas à saúde. O melhor é evitá-las, até porque sua produção é poluente.

Aposte nas panelas de aço inox
para repor ferro nos alimentos, mas
atenção para a qualidade.
Fonte: Meuclub
Panela de aço inox
Assim como as panelas de alumínio e cobre, as panelas de aço inox também podem soltar metais no alimento, dentre eles o ferro. De fato, o problema não é o ferro em si, que até pode beneficiar o tratamento da anemia, mas muitas dessas panelas utilizam níquel em sua composição e este é liberado na comida. O melhor é evitá-las, principalmente aquelas com preços muito acessíveis, pois podem conter mais níquel na composição da liga.

PANELAS IDEAIS

Panelas de ferro liberam o mineral nos
alimentos e podem beneficiar
 caso de anemia.
Fonte: TudoParaCozinha
Panela de ferro
As panelas de ferro também não são inertes, porém, como liberam ferro e o ferro é um elemento muito importante para a manutenção da saúde, seu uso é até benéfico no cozimento de alimentos, porém deve-se tomar muito cuidado na limpeza deste tipo de panela, pois ela pode enferrujar. O ideal é secá-las ao fogo, para evitar restos de umidade e passar uma camada de óleo nelas para que evitem a ferrugem. Por fim, algumas destas panelas possuem uma camada de esmalte para proteção. Neste caso, deve-se tomar cuidado com as mais baratas, pois esmaltes baratos levam chumbo, podendo causar intoxicação.


As panelas de cerâmica não soltam substâncias
no alimento, mas atenção para a qualidade
da tinta da pintura. Fonte: Uol
Panelas de cerâmica
Estas panelas são muito indicadas, pois não liberam substâncias nos alimentos. Entretanto, deve-se comprar panelas de boa procedência, pois a tinta usada na pintura pode conter cádmio ou chumbo, os quais podem causar envenenamento. Certifique-se de que o material da panela é atóxico antes de comprar e lembre-se que o barato pode sair caro.

As panelas de barro têm a mesma
vantagem da panela de
cerâmica, mas não possuem
a tinta protetora. Fonte: Belém
Panela de barro
A panela de barro é ainda mais aconselhada do que a de cerâmica, pois não é pintada, porém deve-se atentar para o fato de que a panela de barro não é ideal para o cozimento de pratos secos, pois a panela ajuda a retirar a umidade do alimento. 

Nem tão comuns, mas inertes. Deve-se
tomar o cuidado com a limpeza.
Fonte: Bernoulli
Panela de pedra sabão
Assim como a panela de barro e cerâmica, ela é ideal para o cozimento de sopas e pratos com bastante caldo, mas atenção para a limpeza, pois ela é porosa e pode gerar a proliferação de microrganismos.

De todas as panelas, a mais aconselhada é a de vidro,
pois é inerte e fácil de limpar. O único porém é o preço.
Fonte: Catral
Panela de vidro
A panela de vidro é a meu ver a mais ideal, pois é completamente inerte e, portanto não libera nenhum tipo de substância estranha no alimento, por fim, é muito fácil de limpar. O único porém é que ela é rara no mercado brasileiro, sendo muito cara e costuma ser pesada e demorar para esquentar.

As panelas mais saudáveis são as mais caras, porém
pensando à longo prazo, vale a pena comprar um
produto de longa duração e inerte.
Fonte: SoniaHirsch
Qual panela escolher?
Nenhuma panela é ideal, pois algumas são seguras, mas caras e raras e outras são baratas, mas danosas. O melhor é considerar o longo prazo e pensar nas panelas não como um utensílio menos importante na cozinha, mas como um eletrodoméstico, que é caro, mas necessário. Lembre-se que todo o seu alimento será preparado nelas e que nenhuma alimentação orgânica garantirá sua saúde se a panela utilizada liberar toxinas, principalmente quando é o caso das anti-aderentes. Entretanto, enquanto o dinheiro não vem, uma possibilidade é aderir a uma dieta mais balanceada e com menos alimentos cozidos em sua composição, a qual é bastante benéfica para a saúde. Já ouviu falar no crudivorismo? Saiba mais sobre esta dieta vegana no post: É possível viver de comida crua?

Referências
Miu, A. C.; Benga, O. Aluminium and Alzheimer's disease: a new look. Journal of Alzheimer's Disease, v.10(2-3), p.179-201, 2009;
Tornljelovic, L. Aluminium and Alzheimer's disease: after a century of controversy, is there a plausible link? Journal of Alzheimer's Disease, v.23(4), p.567-98, 2011;

quinta-feira, 17 de março de 2016

Higiene do Sono para Crianças



Recomendações para pais e cuidadores: 

Estabelecer o horário ( limites ) para ir para cama e para acordar pela manhã desde os primeiros meses de idade, inclusive nos dias que não tem aulas. Não permitir mais que uma hora de diferença entre um dia e outro.

Estabelecer rotinas agradáveis e calmas (ritual do sono) em relação á hora de dormir. Criar um breve período (10-20 minutos) de intercambio afetivo antes de ir para cama. Escovar es dentes, vestir pijama, conversar, ler histórias. Evitar atividades físicas vigorosas e brincadeiras agitadas. Evitar televisão e o uso de equipamentos eletrônicos.

Colocar a criança acordada na cama, sonolenta mais acordada, desde os primeiros meses ( segundo ao terceiro mês ). A criança deve iniciar o sono na mesma cama que vai dormir a noite toda.

Não criar associações para o inicio do sono: a criança não deve adormecer mamando, sendo embalada ou assistindo televisão. Uma vez colocada na cama. despedir-se com naturalidade. Para as crianças maiores, em torno de um ano de idade, se necessário, pode-se deixar um objeto como uma boneca ou ursinho para permitir um vínculo para dormir novamente se a criança acordar de noite.

Se for necessário atender a criança de noite, evitar acender a luz ou retirar a criança da cama. Não levar a criança para a cama dos pais com o objetivo de fazê-la voltar a dormir

Não se recomenda alimentar (amamentar) ou dar água para a criança, durante a noite, após o terceiro e sexto mês de idade. Não deixe a criança ir para a cama com fome, se necessário ofereça apenas um lanche leve, antes de ir dormir. Evitar bebidas que contenham cafeína, como café, chá, chocolate ou refrigerantes após as 17:00 horas.

Quarto de dormir com pouca luminosidade, ambiente calmo, sem ruídos, temperatura agradável.

Estimular atividades ao ar livre durante o dia.

Fazer supervisão da saúde (puericultura) regularmente.

Livro Puericultura - José Hugo de Lins Pessoa

sexta-feira, 11 de março de 2016

Como faço meu filho pequeno parar de bater em mim?

Meu filhinho nem tem 2 anos e vive batendo em mim. O que fazer? Isso é normal? Vai passar?


Seu filho tem o direito de usar o corpo para expressar o que está sentindo. Mas isso não quer dizer que ele possa machucar os outros. Mesmo que você seja uma mãe calma, ou um pai bonzinho, que normalmente deixa outros tipos de mau comportamento passarem em branco, bater em você tem de se absolutamente proibido. 

Isso não quer dizer que você deva bater de volta. Essa atitude só ensinaria a ele que a agressão é algo aceitável, e faria do ato de bater uma referência para a vida dele. Em vez disso, segure as mãos dele e diga que você sabe que ele está bravo, mas que não se bate nas pessoas, porque machuca. Se você perceber que ele vai bater em você, segure-o antes e diga "não" com firmeza. 

Alguns especialistas sugerem que os pais deixem o filho extravasar a raiva batendo em alguma coisa que não machuque, como uma almofada. Mas é preciso tomar cuidado, porque a criança pode achar que bater numa pessoa, assim como ela faz com a almofada, é uma alternativa válida. 

Quando seu filho for agressivo, faça com que ele perceba que não é a raiva dele que você desaprova, mas sim o jeito como ele a demonstra, com violência. Não diga para ele não ficar bravo, ou para não mostrar que está nervoso. Diga que sabe que ele está zangado, mas mostre que é melhor ele falar, usar as palavras, para explicar o que o deixou tão irritado. E ajude-o a tentar resolver a situação. 

Fonte: Babycenter

terça-feira, 1 de março de 2016

COMO DESFRALDAR MENINOS E MENINAS


Espere o momento certo

O segredo do sucesso do desfraldamento é só começar quando a criança realmente já tem capacidade física para segurar as necessidades (ou seja, tem controle esfincteriano). Embora existam crianças que conseguem fazer isso já com 1 ano e meio, outras só vão estar prontas depois de completar 3 anos.
Você talvez já tenha ouvido falar que meninos demoram mais para largar a fralda que as meninas, o que é verdade. E o primeiro filho também demora mais a desfraldar, se comparado com o irmão mais novo.
Estudos já demonstraram que, quando se tenta adiantar o processo, o que acontece é que ele acaba levando mais tempo. Ou seja: o resultado é o mesmo, mas começar antes da hora dá muito mais trabalho, e é bem mais estressante para todo mundo.
A primeira coisa a fazer, portanto, é usar nossa lista para ver se seu filho ou filha está mesmo pronto. Se você acha que sim, ótimo. Agora o importante é iniciar o processo num momento bem propício.
Veja abaixo alguns desses sinais. Você não precisa ter marcado absolutamente todos para começar. Procure identificar no seu filho ou filha a vontade de se tornar mais independente.

Sinais físicos

Anda com firmeza, e até consegue correr.
Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
Faz um cocô razoavelmente sólido, em horários mais ou menos previsíveis.
Fica "seco" por pelo menos três ou quatro horas, ou seja, os músculos da bexiga conseguem segurar a urina.

Sinais de comportamento

Consegue ficar sentado na mesma posição por entre dois e cinco minutos.
Consegue abaixar e levantar as calças.
Fica incomodado quando a fralda está suja ou molhada.
Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros irem ao banheiro ou quer usar cueca ou calcinha).
Não demonstra resistência à idéia de usar o penico ou a privada.
Está numa fase em que gosta de colaborar, e não numa fase "do contra".

Sinais cognitivos

Consegue seguir instruções simples, como "vá pegar aquele brinquedo".
Entende que cada coisa tem o seu lugar.
Tem palavras para xixi e cocô.
Entende os sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro, e consegue pedir para ir (ou até segurar a vontade um pouco).

Verifique se a rotina do seu filho está tranquila, sem grandes mudanças à vista. Novidades na escola ou na família tendem a atrapalhá-lo. Preste atenção também para ver se ele dá abertura para essa grande mudança. O ideal é que ele não mostre resistência quando você mencionar o assunto.

Deixe-o aprender pela imitação

Se vocês já não fazem isso em casa, deixe que seu filho e filha vejam o pai e a mãe fazerem xixi. Eles vão notar que há diferenças no jeito de urinar, e essa já será uma ótima oportunidade para explicar como os meninos e meninas usam o banheiro.
Providencie o equipamento correto 
A maioria dos especialistas recomenda o bom e velho penico, que dá mais segurança à criança. O adaptador para o vaso sanitário é ótimo porque evita a operação de lavar o penico (principalmente quando se trata de cocô), mas pode assustar seu filho no começo. Você pode guardar essa opção para quando ele já estiver bem treinado.
Existem penicos e adaptadores que contam com uma pequena elevação especial para meninos, para que o xixi não escape quando eles estiverem sentados. Mas tome cuidado: se a protuberância for muito grande, pode machucar seu filho na hora de sentar e levantar. O artifício não é necessário. Basta você ensinar o seu filho a colocar o pênis para baixo quando estiver sentado.
Um banquinho baixinho (com menos de 20 cm de altura), bem firme, é uma boa idéia para este momento. Ele pode ajudar seu filho a alcançar o vaso sanitário, se quiser fazer xixi de pé, igual ao papai, e vai ser útil na hora de lavar as mãos.
Livros ou desenhos sobre o assunto podem ajudar, mas não são essenciais.

Ajude seu filho a se acostumar ao penico

Mostre a ele que o penico é dele. Deixe-o sentar lá de roupa e tudo, se ele quiser. Depois, com calma, sugira que ele experimente sentar sem a roupa. Não se assuste se ele estranhar (é gelado!). Não force, só incentive com bom humor.
É preciso muito cuidado para não pressioná-lo, pois esse é um dos maiores erros que os pais cometem. É uma tentação difícil de resistir.
Caso se recuse a sentar no penico, brinque com um boneco ou um bichinho de pelúcia, colocando-o lá e fingindo que ele está fazendo xixi. Dá até para improvisar um peniquinho especial para o "amigo", se você achar que isso vai ajudar.

Compre cuecas "especiais"

Se der, leve seu filho com você à loja para escolher cuecas bem legais. Antes do passeio, conte a ele como vocês vão fazer uma coisa especial, porque ele já é um menino grande e agora pode usar cueca igualzinho ao papai!

Compre calcinhas "especiais"

Se der, leve sua filha com você à loja para escolher calcinhas bem legais. Antes do passeio, conte a ela como vocês vão fazer uma coisa especial, porque ela já é uma menina grande e agora pode usar calcinha igualzinho à mamãe!

Crie uma estratégia para o desfraldamento

Em primeiro lugar, você vai ter de decidir se vai tirar a fralda diurna de uma vez só ou se vai fazer a mudança de forma gradual, colocando fraldas sempre que necessário.
Tirar a fralda de uma vez só às vezes agiliza o processo, mas você tem que se preparar para um grande número de acidentes. A situação ideal para fazer isso é no calor, de preferência quando você for passar bastante tempo em casa, sem grandes compromissos. Existe a chance, se ele estiver realmente pronto, de em menos de uma semana o desfraldamento estar completo.
A retirada gradual tende a demorar bem mais, mas se encaixa mais na rotina e nos compromissos, como a escola, saídas para a casa da avó etc. Nesse caso, proponha deixá-lo sem fralda por algum tempo sempre que puder, e faça bastante festa quando ele pedir para fazer xixi ou cocô no penico, ou quando a fralda ficar seca.
As pull-ups, fraldas de treinamento que vestem como cuecas, são boas para esta fase, porque não vazam se ele esquecer de pedir, mas podem ser baixadas e levantadas pela própria criança, o que não acontece com a fralda, que precisa ser aberta e muitas vezes não pode ser reaproveitada. O inconveniente é que esse tipo de fralda especial é caro e mais difícil de encontrar.

Ensine o menino primeiro a fazer xixi sentado, depois em pé

Como muitas vezes o xixi e o cocô vêm juntos, e nem sempre a criança sabe identificar qual deles está para sair, faz mais sentido ensinar o menino a fazer xixi e cocô do mesmo jeito, sentado, pelo menos no começo. Outra vantagem é que ele pode se concentrar na coisa em si, sem ter de se preocupar em acertar a pontaria.
Mostre que ele tem de colocar o pênis para baixo, com a mão, para que o xixi não escape para todo lado. Isso mesmo na hora de fazer cocô: às vezes o xixi vem junto, conforme ele faz força.
Uma vez que ele esteja fazendo xixi direitinho sentado, você pode propor que ele tente fazer em pé na privada. Use um banquinho (cuidado para ver se ele não vira nem escorrega). Não há pressa para isso.

Ensine a menina a se limpar do jeito certo

Uma das coisas mais importantes que você precisa ensinar à sua filha é a se limpar do modo correto. Explique que ela precisa passar o papel sempre da frente para trás, da vagina para o bumbum, e não o contrário, principalmente quando faz cocô.
Assim, ela evita levar bactérias da região do ânus para a vagina e a uretra, o que pode causar infecções urinárias-- problema que parece ser mais comum em meninas na época do desfraldamento.
Se você achar que está difícil para ela aprender a se enxugar corretamente, ensine-a a só encostar levemente o papel higiênico na vagina depois do xixi, sem fazer movimentos para frente ou para trás -- e peça a ela para chamar você para limpá-la depois do cocô.
Caso sua filha de repente precise fazer xixi a toda hora, ou tenha vontades repentinas, reclame de dor ou comece a deixar escapar a urina depois de já estar bem treinada para usar o penico ou o vaso sanitário, é melhor levá-la ao médico para ver se não há uma infecção do trato urinário.

Deixe andar pelado pela casa 

Esse é um jeito de evitar o xixi na calça. Aproveite dias de calor e deixe-o brincar pelado pela casa (ou, pelo menos, em algum lugar que não cause grandes prejuízos se ele fizer xixi no chão). No começo, as escapadas de xixi são inevitáveis, e assim você não molha tanta roupa, e a criança não se sente tão mal por ter feito xixi na calça.
Não se esqueça de comemorar muito sempre que fizer xixi ou cocô no lugar certo. Você pode dar prêmios, de preferência ligados ao fato de que agora ele é uma criança grande: o direito de ver um filme, de ficar acordado até mais tarde, de ganhar adesivos etc.
Por outro lado, segure a ansiedade porque, se cada ida ao banheiro for a coisa mais importante da sua vida, ele vai perceber e ficar nervoso. É muita responsabilidade para uma criança tão pequena. Procure tratar tudo como uma brincadeira, com naturalidade.

Facilite as coisas

Este não é o momento para usar jardineiras, macacões, vestidos complicados, meia-calça e calças com cinto. Prefira roupas de elástico, fáceis de pôr e tirar, e compre cuecas e calcinhas larguinhas.
Deixe o penico num lugar fácil. Mantenha a porta do banheiro aberta, e o penico num local acessível.

Tudo menos demonstrar frustração ou raiva

Todo o esforço pode ir rapidinho por água abaixo, e o processo atrasar meses e meses, se você perder a paciência e fizer a criança se sentir mal porque o xixi ou o cocô escaparam. Mesmo as crianças mais treinadas têm acidentes de vez em quando.
Segure a bronca com todas as suas forças, mesmo que seu filho esteja fazendo cara de paisagem, como se nada tivesse acontecido, e haja cocô por todo lado. Se as escapadas estiverem ficando frequentes demais e seu filho parecer não se importar, talvez valha a pena pensar em dar um tempo e só recomeçar com o processo dali a alguns meses.

Apele para a diversão

Use a criatividade para aliviar o estresse do processo todo. Um pouco de um produto de limpeza azul na água do vaso sanitário, por exemplo, pode encantar seu filho, pois ele vai descobrir que, se fizer xixi lá (ou despejar o xixi do penico), a água fica verde!
Deixe livrinhos no banheiro para ele se distrair. Faça uma cartela de adesivos e vá dando adesivos de prêmio a cada xixi no lugar certo -- e um adesivo maior ou mais especial quando for cocô.
Se só os adesivos não estiverem adiantando, prometa um prêmio maior (um brinquedinho ou um passeio) quando ele completar uma fileira, ou determinado número de adesivos. Há especialistas que são contra o uso de qualquer tipo de premiação, mas na prática a tática pode ajudar, se o resto não estiver funcionando.

Saiba a hora de tirar a fralda da noite

Quando seu filho estiver ficando sem fraldas o dia inteiro, você pode começar a pensar em tirar a fralda noturna. Mas espere até o desfraldamento diurno estar bem firme.
Comece a observar, assim que ele acorda, se a fralda está molhada. Há crianças que fazem xixi imediatamente, ao acordar, por isso vale a pena olhar logo que ele desperta, e oferecer para levá-lo ao banheiro. Só decida eliminar a fralda da noite quando perceber que ele acorda quase sempre com a fralda seca (três noites em cinco é uma boa medida).
Isso pode demorar mais do que você imagina. O organismo pode ter dificuldade de segurar o xixi durante as fases de sono profundo. Se você tentou e os episódios de xixi na cama se transformaram em um transtorno para a família, simplesmente volte atrás, explique que é melhor esperar um pouco e que logo o corpo dele estará pronto para tentar outra vez.

Faça a festa quando as fraldas forem embora de vez

Parabéns, seu filho ou filha já está grande! Elogie-o muito e deixe-o dar o resto do pacote de fraldas para um priminho menor, ou para outra criança mais nova. E comemore você também! Nada mais de troca de fraldas! Bom, você ainda tem de ajudá-lo a se limpar na hora em que ele berra "Acabeeeeei!" lá do banheiro, mas isso é outra história...

Fonte: Baby center Brasil